A dignidade clássica mais significativa é o domicílio. Aqui as características do planeta e signo do zodíaco são mais semelhantes. Se compararmos a descrição dum signo e o seu regente na literatura astrológica, vai ser confirmada unanimamente. A ordem dos planetas domicílios também é representado harmonicamente pela ordem dos planetas pela distância ao sol (Sol - Mercúrio - Vênus - Marte - Júpiter - Saturno) e a ordem dos planetas por velocidade do movimento (Lua - Mercúrio - Vênus - Marte - Júpiter - Saturno). No primeiro caso, a lua pode não ser integrada logicamente, e no segundo caso o sol pode não ser integrado logicamente. Portanto, a ordem do sistema domicílio - exílio está - como Johannes Kepler percebeu - só quase completa.
Os planetas recém-descobertos Urano e Netuno e o planeta anão Plutão têm rapidamente mostrado a sua relação com os signos do zodíaco. A semelhança entre Urano e Aquario, Netuno e Peixes, e Plutão e Escorpião é óbvia. No entanto, uma ordem de domicílio harmônica é quase totalmente arruinada por isso. O que resta é um sistema - se você ainda pode chamá-lo de sistema - com muitos pontos de interrogação.
Será que os domicílios criam um sistema sem legitimidade e com associações aleatórias?
- Três signos agora têm dois regentes. E quanto aos outros nove signos?
- Como é que dois planetas partilham o seu domínio dum signo?
- Quando dois planetas partilham o domínio dum signo, será que um deles é mais similiar em termos de características?
- Se assim for, qual?
- Será que cada signo tem um regente e as necessidades clássicas desaparecem?
- Por que existem doze signos, mas somente dez regentes?
Se compararmos novamente a descrição usual de planetas e signos do Zodíaco, torna-se claro: Saturno corresponde mais a Capricórnio que a Aquários, Júpiter mais a Sagitário que a Peixes e Marte mais a Áries que a Escorpião. Já se sabia disso antes da descoberta de Urano. Urano corresponde a Aquário, Netuno a Peixes, Plutão a Escorpião, o Sol a Leão, e a Lua a Câncer. O Mercúrio corresponde mais a Gêmeos do que a Virgem e Vênus mais à Libra do que ao Touro (capítulo 2.2.2.2). A atribuição clássica de partes do corpo para planetas e signos esclarece a exatidão dessa verificação. Os signos do zodíaco sem regentes são o Touro e a Virgem. Aqui a regra mais viável é de dois planetas desconhecidos. Portanto, temos duas partículas de Higgs na astrologia (capítulo 2.2.2).
Até à descoberta de Urano ninguém pensou que havia planetas desconhecidos. Desde então que isso mudou. Os astrônomos também não tinham desistido completamente a idéia de procurar por planetas desconhecidos no nosso sistema solar. O Planeta X, o regente presumido do Touro, chamei-o provisoriamente de Faunus. A natureza do Faunus aproxima-se bastante da natureza de Touro (capítulo 1.13). O Planeta Y, o regente de Virgem, chamei-o provisoriamente de Iustitia. A natureza de Iustitia aproxima-se bastante da natureza de Virgem (capítulo 1.14). Com a ajuda destas duas partículas de Higgs astrológicas hipotéticas, finalmente temos uma sequência de atribuição de domicílio perfeitamente harmoniosa. Esta série (período orbital: Lua - Mercúrio - Vênus - Marte - Júpiter - Saturno - Urano - Netuno - Plutão - Faunus - Iustitia - Sol) pressupõe que os planetas X e Y estão fora da rota de Plutão (capítulo 2.2.2.1). A série começa na lua, que tem a menor órbita, e passa pelos sinais ativos até Saturno. De Urano desce através dos sinais passivos até o sol com a maior órbita.
Esta disposição simétrica foi cristalizada 1974, no primeiro ano da minha pesquisa nesse campo.
Portanto, cada planeta tem as maiores semelhanças com o signo do seu domicílio. Já se conhecia sete atribuições (Mates-Áries, Mercúrio-Gêmeos, Lua-Câncer, Sol-Leão, Vênus-Libra, Júpiter-Sagitário, Saturno-Capricórnio) na astrologia clássica. As seguintes três atribuições (Urano-Aquário, Netuno-Peixes, Pluto-Escorpião) são só bem conhecidas na astrologia moderna. E as duas atribuições (Faunus-Touro, Iustitia-Virgem) são novas. Nos signos opostos pode-se encontrar o 1º exílio.